O TURISMO PASSA PELA CALÇADA
Jorge Trindade
Toda vez que vou no Dr. Pedro ele pergunta se estou caminhando. Nem sempre é verdade, mas sempre digo que sim. E nestas caminhadas que faço, observo que cada vez mais e mais pessoas estão realizando esta terapia. As pessoas já têm a hora da caminhada, roupa e calçado da caminhada, e têm parceiros de caminhada. Serão todos pacientes do Dr. Pedro? Conclui que não. É porque é bom para a saúde mesmo. Então, a caminhada já está fazendo parte de nossa rotina.
Observo, também, que nas caminhadas de fim-de-semana encontro caminhantes diferentes, que não conheço. Provavelmente não são tapenses. Pergunto-me se sendo Tapes uma cidade plana e calma, estaria atraindo turistas para realizarem esse exercício, já que possivelmente em suas cidades de origem não existam condições adequadas pelos aclives e declives, pela poluição do ar e por terem trânsito intenso?
Agora o problema. Não temos calçadas adequadas para caminhadas. Algumas não são pavimentadas e apresentam-se embarradas ou inundadas no pós-chuva. Materiais de construção são depositados por tempo excessivo, em desacordo com a Lei Municipal. Em alguns locais a vegetação dos pátios invade o passeio público. As árvores não são devidamente aparadas por baixo. Alguns proprietários plantam grama em vez de pavimentar. Só falta colocar uma placa de "não pise na grama".
Todos estes fatores fazem com que o caminhante a todo o momento vá para a rua disputar espaço com os veículos, tornando esta atividade bastante perigosa, principalmente na Av. Getúlio Vargas, onde a velocidade máxima não é respeitada. Os turistas chamam esta Avenida de "faixinha". Não é sem motivo.
Mas tem solução. O único vínculo que o proprietário tem com sua calçada é o dever de conservá-la. O papel da Prefeitura é exigir que Leis Municipais sejam cumpridas. Se exigisse dos proprietários a manutenção das calçadas, estaria realizando uma ação em favor do Turismo, sem precisar dispor de verbas públicas para isso.
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A Notícia - Edição 003 - Fevereiro/2012 - Pág. 8
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